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Sobre


Bento de Albuquerque Santiago (Bentinho) morava no Rio de Janeiro com dona Glória, a prima Justina, o tio Cosme e o agregado José Dias. Na casa ao lado, vivia Maria Capitolina (Capitu), filha de Pádua e Fortunata. Ao contrário da família de Bentinho, os pais de Capitu eram pobres. Bentinho e Capitu conviveram, como amigos, até o aniversário de 15 anos do rapaz, oportunidade em que José Dias lembrou dona Glória da promessa, feita por ela, de enviar o filho para o seminário. Na verdade, José Dias procurou alertá-la sobre o perigo iminente de envolvimento amoroso do menino com a vizinha. Contudo, já era tarde, Bentinho e Capitu já estavam apaixonados. Mesmo assim, foram separados pelo seminário. Lá, Bentinho tornou-se amigo de Escobar, outro seminarista sem vocação.


Posteriormente, com a ajuda do mesmo José Dias e de Escobar, Bentinho conseguiu fazer a mãe desistir da promessa de torná-lo padre. Foi para São Paulo e formou-se em Direito. Depois, voltou para o Rio e casou-se com Capitu. Escobar, por sua vez, casou-se com uma amiga dela, Sancha.


Os dois casais eram felizes e se tornaram muito amigos. Contudo, Bentinho e Capitu se sentiam um tanto infelizes por não terem filhos e, dois anos mais tarde, nasceu um menino, chamado de Ezequiel. O menino crescia e Bentinho via nele a cara de Escobar. A partir de então, a amizade de Escobar com Capitu passou a alimentar dúvidas em Bentinho.


A trágica morte de Escobar, por afogamento, e as lágrimas de Capitu pelo falecido, deixaram Bentinho transtornado. Pensou até em se suicidar, matar a esposa, mas, por fim, decidiu se separar dela. Mandou-a para a Suíça com o filho [aqui faremos uma pausa no livro] e lá, a moça recebeu a seguinte intimação:


Rio de Janeiro, 24 de Fevereiro do Ano da Graça de Nosso Senhor de 1874


A Justiça Brasileira - Comarca do Rio de Janeiro - faz saber à senhora Maria Capitolina Santiago que seu marido, Bento de Albuquerque Santiago, ofereceu denúncia nesta jurisdição, acusando-a de adultério. O crime está previsto no artigo número 250 do Código Criminal de 1930, punível com pena de prisão com trabalho por 1 a 3 anos.


Deste modo, intimamos a senhora Capitolina a comparecer - em 04/04/1874 - à Comarca de Vitória da Conquista, na Bahia; oportunidade em que será julgada.


Pelo nome do Imperador Dom Pedro II, assina;

Jorge Antônio Dias da Costa, Juiz de Direito.





Responsáveis pelo julgamento, o Centro Acadêmico de Direito Ruy Medeiros e o Centro Acadêmico de Letras de Vitória da Conquista te convidam a participar deste evento. O evento é aberto ao público, as inscrições dão direito à certificação de 3 horas. Capitu será julgada pelo júri convidado e pela plateia presente.


Importa esclarecer que toda a construção da estrutura do julgamento é contextual, e não busca desmerecer a figura feminina representada pela personagem do livro de Machado de Assis. Busca-se, no entanto, unindo Direito e Literatura, de um modo descontraído, exercitar a prática forense dos estudantes de Direito e as práticas interpretativas dos estudantes de Letras.


Venha descobrir e construir a resposta da mais antiga e importante pergunta da Literatura Brasileira: Capitu traiu Bentinho?











Programação


Dia 04 de Abril

Horário Atividade Descrição
18:30h Julgamento de Capitu Teatro Glauber Rocha - UESB

Inscrições


Evento gratuito.

CARM


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